14 de agosto de 2006

SOBRE ROLHAS E QUÍMICA/ PASTÉIS

"nunca coloque uma rolha no óleo quente, fervendo, saindo fumaça como o meu estava, quando hoje em dia existem ROLHAS SINTÉTICAS." por muito pouco não foi pior. a panela pegou fogo, a tampa não abafava o fogo de vez, o gás era perto, estava ligado, minha mãe joga água BUM! explosão até o teto lambendo as paredes de carvão e fuligem. cheiro tóxico. fogo. paredes laranja - o incêndio previsto. a tampa abafou e tudo parou. exceto a fumaça que não acabava. teto e paredes negras, explosão de laboratório de desenho animado. sinistro. eu...... só tinha medo de perto chegar, gemia e estava pra sair da casa a qualquer momento. da casa laranja pela luz das chamas. renascemos. seriamente.... obrigada anjos da guarda!

os pastéis posteriores feitos num óleo SEM ROLHA ficaram deliciosos! ;)

obs: triste: minha mãe se queimou no pescoço levemente, vê-se pela vermelhidão e ardor.

obs²: GREVE DE METRÔ EM SÃO PAULO NÃOOOO!

11 comentários:

teto__branco disse...

kd?

Anônimo disse...

aiaiai labanzinha da minha vida, oq escrever nesse post... só q sao paulo eh uma merda e as nuvens cinzas de la nao saem se vc abrir a janela e esperar um pouco....
aos poucos eu vejo minha vida assim, queimando e se transformando em algo mais feio. eh minha amiga ta foda pra todo mundo, se a morte nao da jeito bola pra frente, cabeca pra cima e oculos escuros!
te amo esquila mais linda desse mundo!

Anônimo disse...

aki... olha a maozinha balancando... eu to de verde... me olha... vc precisa me amar

Anônimo disse...

Uimica sober rolhas e pasteis

Anônimo disse...

UM brinde ao FUTURO DO MUNDO entao

Anônimo disse...

tadinha da sua mãe!eu tbm jó passei por essa exata situação...
Sao Paulo e essa greve não te merecem meu bem...hauhauahua
BJUNDASSS

Anônimo disse...

uma única palavra para vc e o pessoal do pastel....BURROS!
vcs tem merda na cabeça?!?! rolha sintética no olho fervendo!
pqp!

Anônimo disse...

raissa!!
resolvi entrar aqui pra dar uma olhada, e como vc disse q adora q comentem, aqui estou eu a comnetar.
realmente rolha no oleo quente nao eh uma boa ideia, sua mae que o diga ne! espero q tenho sido uma queimadura de leve!
bom vo tentar entrar aqui com mais frequencia!
beijos e queijos!

teto__branco disse...

vou começar a controlar anonimatos! não é possível! EU tenho direito de saber quem é... usa um código NOSSO!, mas anônimo total não vai rolar.
VOU D LETAR!

teto__branco disse...

EU TENHO O DIREITO!

teto__branco disse...

aH, ANÔNIMO, não seria "Óleo" em vez de "Olho"?!?!?!?!?!?!?!?


Aracy

Billie

Let's Face The Music And Dance

Let's Face The Music And Dance
Dinah

Ella

O Guardador de Rebanhos - trecho

Num meio-dia de fim de primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.
Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu era tudo falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças. O seu pai era duas pessoas...
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque não era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!
Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o sol
E desceu pelo primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.
A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as cousas.
Aponta-me todas as cousas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.
Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar no chão
E a dizer indecências.
Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou –«Se é que ele as criou, do que duvido» –«Ele diz, por exemplo, que os seres cantam a sua glória
Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres.»
E depois, cansado de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
E eu levo-o ao colo para casa.
Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural,
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.
E a criança tão humana que é divina
É esta minha quotidiana vida de poeta,
E é porque ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre, E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo.
A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E a outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é o de saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.
A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direcção do meu olhar é o seu dedo apontando.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.
Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.
Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra Fosse todo um universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.
Depois eu conto-lhe histórias das cousas só dos homens
E ele sorri, porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos-mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do sol
A variar os montes e os vales
E a fazer doer aos olhos os muros caiados.
Depois ele adormece e eu deito-o.
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.
Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos.
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate as palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.
Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.
Esta é a história do meu
Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há-de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam?

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